quinta-feira, 27 de agosto de 2009

A UM PASSO DA MORTE!

Eu sempre soube que Deus é grandioso e que esteve sempre com sua mão sobre mim, me abençoando e protegendo... mas é incrível quando nos surpreendemos e sentimos que ele é ainda maior e mais poderoso do que se pode imaginar.
Neste último dia 26 de agosto ele me protegeu, salvou minha vida, e USOU AS DUAS MÃOS. Com uma empurrou minhas costas, com outra, segurou a lateral de uma carreta carregada de lâminas de vidro que passou apenas um palmo distante de meu corpo, depois que dei um salto ao notar que o veículo estava desgovernado e vinha em minha direção. O acidente foi no km 140 da rodovia Dutra, sentido São Paulo, em Caçapava.
Era uma da tarde quando eu e o cinegrafista José Araújo voltávamos de Tremembé, no interior do estado, onde fizemos reportagem sobre a prisão do médico das estrelas, Roger Abdelmassih, acusado de mais de 50 estupros praticados contra as próprias pacientes.
Cansados, na rua desde as 5h da manhã, não exitamos em parar numa marginal da rodovia para registrar o incêndio em um carro parado no acostamento.
Alguns motoristas que passavam pelo local já tinham parado para tentar ajudar o dono do carro, um senhor de sessenta e poucos anos. As chamas consumiam o carro quando chegamos no local, junto com as primeiras viaturas dos bombeiros. Para não perder as primeiras imagens eu mesma liguei a câmera e a apontei para o carro enquanto o Araújo estacionava nossa viatura. O competente cinegrafista tomou posse do equipemento e correu para perto do veículo tomado pelas altas labaredas. Ele não podia perder o bombeiro se aproximando com a mangueira para combater o fogo. Enquanto descia do carro, eu já com o microfone ligado na mão, narrava a notícia enquanto trancava as quatro portas do carro da Band. O incênfio foi dominado com rapidez mas o veículo já havia sido completamente derretido. Entrevistamos os bombeiros, o dono do carro emocionado e o inspetor Guidini, da Polícia Rodoviária Federal que, junto com o agente Manoel, com muita competência, garantia a segurança no local. A reportagem já estava completa quando o cinegrafista sugeriu que eu fizesse uma passagem (momento da reportagem em que o repórter aparece dando informações diante da câmera). Eu disse que não precisava mas, não se sabe por quê, o Araújo insistiu e me convenceu.
Me posicionei na linha do acostamento e comecei a explicar de onde vinha o motorista quando o carro começou a apresentar problemas mecânicos e elétricos. O cinegrafista partiu de uma placa que indicava a quilometragem da rodovia, passou por mim e me acompanhou até que eu conduzi a câmera para o fundo da rodovia. Quando apontei minha mão para o carro queimado ele me tirou do enquadramento para mostrar o estado em que ficou o veículo. A passagem já estava chegando ao fim quando, sem saber por quê, o agente Manoel, da PRF, num gesto simples com a mão, pediu gentilmente que eu entrasse um pouco mais no acostamento.
Eu já estava no fim da gravação e poderia ter ignorado aquele sinal ou pedido a ele que esperasse uns segundos como, confesso, já fiz outras vezes. No entanto, também não sei o porquê, resolvi atender. Dei meio passo, literalmente meio passo para frente, ainda narrando respondi com sinal de positivo, e segui o texto por mais cinco segundos, caminhando de costas para o fluxo da rodovia, meio passo para dentro da linha do acostamento.
No instante em que pronunciei as últimas palavras do texto ("alastraram com rapidez"), mais uma vez sem saber porquê, voltei meus olhos para a rodovia e vi uma scânia, enorme, desgovernada, vindo em nossa direção. Foi muito rápido. Olhei, vi a carreta entrando no acostamento e atingindo com violência toda a lateral do carro queimado, da traseira para a frente, onde eu estava. O estrondo horroroso ainda ecoa nos meus ouvidos. Cheguei a ver o retrovisor do carro, do lado do motorista, sendo arrancado pela carreta que rasgava a lataria do veículo. Nesse instante dei um salto para frente, num gesto involuntário e instintivo cobri a cabeça com as mãos (como se fosse adiantar para proteger), pensei na minha mãe e esperei a morte. Cheguei a sentir meu corpo ser arremessado. A carreta em alta velocidade passou a um palmo, no máximo, de distância das minhas costas e cabeça. Ao raspar na lateral dianteira, a carreta ainda arrancou a alma de ferro do parachoque do carro e arremessou a peça contra minhas duas pernas e um das pernas do cinegrafista. Os hematomas e arranhões provocados pelo impacto do ferro foram os únicos ferimentos provocados nesse acidente que poderia ter sido uma grande tragédia. O Araújo, que ainda mantinha a câmera ligada, apoiada no ombro direito, estava com a visão coberta, nem chegou a ver o que acontecia. Assustado com tamanho estrondo, também pulou para o lado esquerdo escapando da morte.
A carreta ainda desgovernada, seguiu invadindo ainda mais o acostamento, derrubando parte da carga de vidro na pista e atingindo uma viatura da Record, de uma equipe local de Taubaté. O carro dessa outra emissora foi empurrado para fora do asfalto. Por sorte a equipe não estava lá dentro.
Foram frações de segundo, cheguei a pensar que havia morrido. Ainda abalados seguimos no ofício, tentamos falar com o irresponsável motorista que negou estar em alta velocidade, no entando o tacógrafo, equipamento que registra a velocidade, estava vencido, segundo informou o inspetor Guidini.
Ainda é difícil evitar o pensamento sobre aqueles segundos, o susto e o meio passo que fiquei da morte.
O salto que dei para frente, uma pequena fração de segundo antes do impacto, talvez não teria sido suficiente para me tirar do trageto do caminhão desgovernado se não fosse o anjo que soprou no ouvido do policial rodoviário federal, o agente Manoel, para me tirar da linha da morte. Muitas vezes repórter e cinegrafista combinam voltar a enquadrar o repórter no final do texto da passagem. Se tivéssemos feito isso, o final dessa história seria tragicamente diferente. Eu não teria voltado meus olhos para a rodovia, mas sim teria ficado novamente de costas para o fluxo e não teria tido a chance de ver o veículo desgovernado, em velocidade excessiva, vindo em minha direção... e esta página estaria em branco. Pensar no que poderia ter acontecido é inevitável e doloroso. Mas, graças a Deus, eu e o amigo Araújo temos uma história de sorte, proteção e fé para contar aos amigos e à família.

Obrigada a todos que mandaram energias positivas, mostraram preocupação e torceram para que estivéssemos bem depois daquela imagem forte assistida por tanta gente. MUITO OBRIGADA ESPECIAL A DEUS, AO MEU ANJO DA GUARDA, E AO AGENTE MANOEL DA PRF.

http://maisband.band.com.br/v_33177_caminhao_bate_em_carro_e_quase_atinge_equipe_de_reportagem.htm

domingo, 23 de agosto de 2009

Denuncie: 0800 771 3541

Nunca imaginei que pudesse me ver livre da imposição do cigarro alheio. Sempre me revoltou o fato de ser proibido fumar em ambientes fechados (já era antes da lei 13.541 de 7 de agosto de 2009) e, mesmo assim, fumantes ostentarem livremente cigarros acesos e distribuírem baforadas para todos os lados, em total desrespeito aos pulmões daqueles que optaram pela saudável vida sem o cigarro.
Até queimada por um fumante folgado, que gesticulava exagerado com o bastão de nicotína aceso, eu já fui.
Eu, como não fumante e alérgica ao cigarro, confesso que muitas, muitas, muitas vezes deixei de sair de casa para evitar ser bombardeada por essa fumaça fedorenta. Evitei muitos bares, restaurantes e baladas por não haver ventilação e ter, do início ao final da noite, a fumaça do cigarro agredindo meus olhos, olfato, boca, pulmões e roupas (até as roupas íntimas ficam impregnadas por esse mau cheiro que muitas pessoas engolem por vontade própria). Quantas vezes eu e meu noivo (também não fumante, é claro) recusamos convites de amigos para baladas pelo simples fato de não suportar mais engolir fumaça em casas noturnas fechadas, lotadas de fumantes.

No jornal "São Paulo Acontece", e nos programas "Dia a Dia" e "Boa Tarde", da Band, fiz várias entradas ao vivo informativas sobre as regras e fiscalização da lei antifumo, junto com a dirigente Cristina Megid, da Vigilância Sanitária.

Na última sexta-feira, junto com um casal de amigos, fomos a um bar na zona oeste de São Paulo, Arquearia Willie Willy. Nem me lembrava, nesse momento, da ''Santa Lei Antifumo''. Bastou entrar no estabelecimento para perceber, pela primeira vez, na prática, a importância e os benefícios dessa nova determinação. Um ambiente limpo, sem odor, que permitia aos olhos enxergar do outro lado das mesas sem a poluição e o ardor da fumaça do cigarro. Pude saborear as porções de aperitivo e até os drinks sem sentir o gosto amargo do cigarro na boca. E o que parecia improvável: saí de lá com o mesmo cheiro do perfume que coloquei em meu corpo antes de sair de casa. Ao abraçar meu noivo pude sentir o cheiro delicioso do perfume dele, sem interferência do monóxido de carbono.
Se a lei causa polêmica e comerciantes temem perder clientes por conta da proibição ao cigarro em locais de uso coletivo, públicos ou privados, total ou parcialmente fechados, é bem verdade que esses mesmos estabelecimentos, caso respeitem a determinação, vão ganhar outros tantos clientes não fumantes. E, como trata-se de uma lei, partindo do princípio de que todos devem e terão que respeitar, sob risco de multa, não há porque temer perder o cliente para concorrência, já que lá também é proibido fumar. Basta usar a inteligência e se adaptar, criando 'chiqueirinhos' para o consumo do cigarro fora do estabalecimento. Ah, mas ainda assim, é importante que não haja perto desse 'chiqueirinho' nenhuma porta ou janela aberta de modo a evitar que o investimento seja em vão. Bendita lei antifumo.
Eu sou dedo duro dessa lei: 0800 771 3541 ou pelo http://www.leiantifumo.sp.gov.br//.

Um anjo chamado Isabela

Isabela parece ainda sorrir. O brilho inocente dos olhos reflete vívido a cada piscar de pálpebras quando alguém tenta compreender o inacreditável. Dói o coração a cada soar do nome Isabela. Não é assim que tinha que ser.
A figura de Isabela Nardoni, uma menina doce, de sorriso fácil, gestos carinhosos, criança por si só, inspira alegria, afeto, compaixão. Mas a crueldade a que ela foi submetida ofusca agressivamente a doçura explícita até no nome: Isabela.
Quem, mesmo que por um instante e timidamente, nunca se perguntou como Deus permitiu que essa pequena e inocente criança fosse arrancada assim da família, dos amigos, da sociedade, do seu direito à vida. Por quê teve que ser assim? Teria ela cumprido sua missão na Terra? Mas, se assim fosse, poderia ter sido levada de uma forma menos dolorosa. Por quê tanto sofrimento? Quem teria tamanha raiva por uma criança? Motivo? Será que alguém se atreve a mencionar um motivo para essa barbárie? Não há justificativa, não há respostas aceitáveis aos porquês.
A dor pela morte da menina Nardoni atinge a todos os cidadãos, independente de idade, raça e até índole. É um crime inaceitável até mesmo entre aqueles que perderam a liberdade por cometer crimes. Discutir quem cometeu tal atrocidade e ainda ter que imaginar que aquele que deve proteção tenha sido o autor de tanta maldade são situações que provocam revolta. Uma revolta tamanha que causa a impressão de tornar a dor menor.
Indícios, provas concretas; averiguados, suspeitos, acusados. As investigações prosseguem. As dúvidas parecem diminuir. Os resultados somados à falta de explicações e às contradições do pai, Alexandre Nardoni, e da madrasta Ana Carolina Jatobá, nos conduzem a não duvidar da versão da polícia. Por mais que a ordem natural da vida – pais protegem, filhos são protegidos; pais são enterrados pelos filhos, filhos enterram os pais – nos force a não aceitar, as evidências que apontam para o envolvimento do casal no caso parece ser o único caminho das nossas mentes. Eles, hoje, estão presos, aguardam o julgamento, devem cumprir parte da pena e depois voltam para a rua onde terão uma vida para rir e viver. Já o sorriso da mãe de Isabela, Ana Carolina Oliveira, nunca mais terá a mesma verdade de antes da morte de sua pequena e única bebê. E Isabela?





quarta-feira, 19 de agosto de 2009

País de diferenças!

"Sou pobre, trabalhador, não tenho condição. Ele pagou advogado e foi solto. Se eu possuísse dinheiro ele já tava preso", disse seo João, um pernambucano simples, bastante humilde, pai da jovem grávida queimada viva pelo ex-namorado. É a indignação sobressaindo à dor de quem perdeu a filha e a neta - já perfeitamente formada no ventre da mãe - em um crime cruel, bárbaro e brutal... e ainda impune!

sábado, 8 de agosto de 2009

Vira-lata salva criança de pitbull


Um gesto de carinho e gratidão. A mão pequenina e delicada da criança tenta confortar a cadelinha de estimação da família. Suzy se recupera de uma cirurgia na boca. A operação foi para reparar os graves ferimentos provocados numa briga com uma pitbull.
A Suzi sempre foi uma cachorra brincalhona, agitada. Agora está amuada, triste, não se levanta e nem se alimenta há três dias, desde que ela virou a heroína do bairro. Foi a vira-lata valente quem salvou a pequena Samanta, de apenas 2 anos, da boca de um pitbull. A menina brincava sozinha com um pedaço de pão na mão quando de repente o pitbull do vizinho escapou da casa e ameaçou invadir a residência pela fresta do portão. A cabeça já estava do lado de dentro do portão quando a vira-lata valente, a Suzy, de 9 anos, resolveu interferir.
Suzy só não foi devorada pela pitbull porque os vizinhos interferiram. A família acredita que se Suzi, a cadela heroína, não tivesse entrado na frente da criança, a pitbull teria invadido o quintal e atacado para matar. Não seria a primeira vez.
Quando a menina tinha um ano, a pitbull chegou a ficar com o corpo quase inteiro do lado de dentro do quintal, apenas as pernas traseiras ficaram para fora, presas na grade do portão. Foi a sorte da garotinha que brincava na frente de casa.
A família pediu ajuda ao dono do animal para bancar os remédios e tratamento da vira-lata mas não conseguiu.
Da laje da casa o latido assusta. Lá em cima uma pitbull brinca, abana o rabo, não abre a boca nem para latir. Comportamento raro segundo os vizinhos. A pitbull representa o terror para todos os moradores da rua Açucena, no sítio Bom Jesus, em São Bernardo do Campo. Quem passa por aqui caminha sempre com medo. Mas, se esconder atrás do portão não é mais garantia de segurança já que o último ataque foi dentro do quintal de uma casa. Entre os moradores são muitas as histórias de pessoas que foram mordidas ou tiveram que correr para escapar de tentativas de ataque.
A pitbull escapou da casa ao lado. O avô de Samanta é o dono do imóvel, mas o cão é do inquilino que não recebeu a nossa equipe. Para os moradores, a culpa da agressividade da cachorra é do dono. A pitbull vive presa a uma corrente, sozinha na laje da casa. Muitas vezes falta água e comida. Para buscar alimento, freqüentemente, arrebenta a corrente. Muitas vezes encontra o portão aberto.