segunda-feira, 24 de maio de 2010

CASAR É...

... celebrar o amor, abençoar a união, comemorar a vida, dividir alegrias, reforçar as juras de um sentimento puro, verdadeiro, intenso que promete carregar consigo outros tantos sentimentos como companheirismo, lealdade, cumplicidade, fidelidade. O casamento é mais que uma festa, é mais que um encontro, é a porta de entrada para uma nova vida de parceria onde dois representarão um só, onde os pensamentos se unem para uma só sintonia, os olhos se voltam para a mesma direção, com destino à felicidade plena e eterna. Que assim seja.
Dividir - E para todos que torcem pela nossa felicidade divido aqui um pouco da minha expectativa e ansiedade na tarde em que me preparava para o grande dia. O início de um making off, sem revelar a imagem da noiva que subiria ao altar horas depois. As fotos e a edição são de um grande amigo, um dos melhores fotógrafos que conheço, dono de uma sensibilidade incrível e responsável por cores e tonalidades que deixam o resultado incrível... mesmo estando a noiva feinha, de rolos na cabeça 'a la dona florinda' (risos) o fotógrafo conseguiu extrair a sutileza, a delicadeza de cada momento. Obrigada ao amigo e extremamente profissional, o fotógrafo Stephan Solon. Esse eu recomendo mesmo!!
Acessem: http://www.vimeo.com/11826580

terça-feira, 30 de março de 2010

O tempo: o tempo é.... já foi!

O tempo... o tempo é aquele que dirá a verdade, é o amigo do coração magoado, é a paz que acalma os ânimos acirrados, o tempo faz apagar as tristezas, cicatrizar as feridas.
Mas o tempo também faz doer o peito quando a saudade aperta, faz aumentar a angústia diante da espera, faz o desespero bater quando não se está preparado para o que se aproxima.
O tempo é um só, mas sentido sempre diferente por cada um de nós. Um mês, por exemplo, parece muito para a criança que espera a visita do papai noel, no final do ano.
Mas, pergunte o peso de um mês para uma noiva a caminho do altar, com muitas pendências da festa para resolver!!

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

CRUELDADES DA VIDA REAL

Homem que amarra, tortura, prende em um freezer e deixa em agonia até a morte a mulher a quem prometia amor... mãe que joga contra a parede o próprio filho, a quem gerou e lutou e sofreu junto para que sobrevivesse depois de uma gravidez delicada e parto prematuro... bombeiro que tem a vida arrancada num momento tão nobre, num salvamento a um motorista ilhado na enchente, um herói arrastado pela força da água... São tantas as tragédias, verdades tão duras, dolorosas, histórias diferentes nos detalhes, mas iguais na essência. São fatos que chocam e causam repulsa naqueles mais delicados, sensíveis ou em quem acredita que mudar de canal faz do mundo melhor. Infelizmente não. A crueldade existe, está mais perto de nós do que podemos imaginar. É comum ouvir, de quem enfrenta isso dentro de casa, que jamai imaginou que pudesse ser um personagem de crimes ou mortes assim. Também sai da boca de um parente de vítima que "só conhece a dor quem viveu". É verdade. Para quem não sente na pele fica difícil ter a certeza da grandeza de um sentimento como esse. Mas, ouvir, conversar, entrevistar, estar perto dos familiares de vítimas do mundo real, momentos após essas tragédias, nos transmite uma forte noção desse sofrimento.
É preciso ser forte, saber separar a vida pessoal do trabalho, manter-se serena, isolar o coração... é preciso, talvez o ideal... mas 100% é impossível. Considero que tenho uma grande capacidade de não me permitir abalar, deprimir, com os fatos que cubro diariamente. Mas, normalmente, carrego um pedaço de cada realidade comigo. Num pensamento, num aprendizado, numa experiência de crescimento interior.
É preciso encarar a realidade, saber que mentes cruéis caminham pela cidade, a passos como os nossos. E nunca sabemos onde a brutalidade pode se anunciar ou concretizar. Mas, abrir os olhos para verdades assim nos ensina a, no mínimo, desconfiar de possíveis sinais... ensinam também a dar valor para coisas realmente importantes como o respeito, o amor, a moral e a dignidade.

NATUREZA DO CORAÇÃO

(Mexendo em gavetas encontrei um texto escrito numa página central de um caderno, em 14 de março de 2005... uau, quase cinco anos. Resolvi publicar e dividir com você o que eu sentia na época...)



"O cheiro do ar fresco, o verde vivo das plantas, o colorido da natureza... tudo isso é simplesmente belo, sensívelmente encantador, mágico, precioso... e assim nos faz emocionar enquanto viajamos em nossos pensamentos. Pensamentos sobre sentimentos... sentimentos do coração.
E o coração? Ah, o coração! Esse fala por si só. No instante em que os olhos observam a magnitude da natureza, a mente se agita numa mistura de contemplação da paisagem e sensações causadas por saudade de momentos vividos, e que não voltam mais, e por ansiedade do que se espera. Da mente ao coração, do coração à mente.
É o coração a caixa de tudo isso. O coração sente e a mente traduz, O coração sente e a boca expressa, o coração sente e os olhos choram. Mas, é o coração mesmo quem sente a dor quando o ouvido recebe as palavras duras, quando os olhos flagram imagens tristes ou quando a mente se encontra em pensamentos perdidos.
E assim o coração vive... mas não só. O coração precisa sempre de outro para 'sentir junto'... e viver... e amar... e ser amado."


(Foto: Fabíola Figueiredo / Edição de foto: Stephan Solon)

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

"Ar blasée..."


Só a sensibilidade de um bom fotógrafo pra definir assim minha expressão nessas fotos.

Estava eu andando de um lado para o outro, impaciente em mais uma pauta trágica (acidente com ônibus que deixou dois mortos e um ferido em São Paulo), cerca de duas horas e meia além do meu horário, cansada... de repente, um rapaz simpático se aproxima, com uma bela nikon nas mãos.

Fotógrafo - "Posso colocar sua foto no fotosalada?"

Repórter - "Ãããã... desculpe, não entendi"

Fotógrafo - "Fotosalada... é um site de fotógrafos para fotógrafos, com nossas fotos fotografando. E tem uma coluna que se chama 'as repórteres que amamos'. Posso por a sua?"

Repórter - "Claro... claro que pode, que legal"

Confesso, achei super fofo o pedido mas ainda não conhecia o site. Cheguei em casa e fui fuçar... amei. Ótima idéia, divertido e grande oportunidade para valorizar a fotografia e os fotógrafos. Também não conhecia o fotógrafo de nome sofisticado, Stephan Solon. Dei meu e-mail a ele e, no dia seguinte, recebi quatro fotos tiradas por ele nessa ocasião. Lindas, todas elas (embora a "modelo amadora" não ajude - saí fazendo careta em quase todas!). Mas, foi visitando o site e o orkut do rapaz que pude conhecer o talento e sensibilidade do competente fotógrafo. Como apaixonada por fotografia que sou (e ex-fotógrafa no início da carreira), virei fã a partir de hoje. As cores são o que mais impressiona no trabalho desse profissional. Na foto o lado quem aperece comigo é o excelente cinegrafista, Fernando Sanches.
Bem, divulgo aqui o site http://www.fotosalada.com.br/ e o blog do fotógrafo Stephan Solon (http://fotologue.jp/stephansolon/).
E deixo aqui meu sincero agradecimento pelo carinho do amigo da imprensa nessas fotos. Muito obrigada.

sábado, 24 de outubro de 2009

§ Confusão 'emocionamental' §


Um calor? Um frio? Que sobe ou desce? Por dentro ou por fora? Sinto uma angustiante sensação de não sei o quê, por alguma razão que não me faz entender... sentir... mas o que é sentir? O sentir vem de fora pra dentro, como o calor que queima a pele ao encostar no fogo? Ou de dentro pra fora, como o frio que surge na boca do estômago diante de algo misterioso? A confusão que mistura razão e emoção nos proporciona momentos de duvidosa sanidade. Instantes que mesclam o "é" e o "pode ser", o "sim" e o "não" ou "talvez?". O difícil é encontrar o bom senso e se encontrar na própria bagunça interior.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

A UM PASSO DA MORTE!

Eu sempre soube que Deus é grandioso e que esteve sempre com sua mão sobre mim, me abençoando e protegendo... mas é incrível quando nos surpreendemos e sentimos que ele é ainda maior e mais poderoso do que se pode imaginar.
Neste último dia 26 de agosto ele me protegeu, salvou minha vida, e USOU AS DUAS MÃOS. Com uma empurrou minhas costas, com outra, segurou a lateral de uma carreta carregada de lâminas de vidro que passou apenas um palmo distante de meu corpo, depois que dei um salto ao notar que o veículo estava desgovernado e vinha em minha direção. O acidente foi no km 140 da rodovia Dutra, sentido São Paulo, em Caçapava.
Era uma da tarde quando eu e o cinegrafista José Araújo voltávamos de Tremembé, no interior do estado, onde fizemos reportagem sobre a prisão do médico das estrelas, Roger Abdelmassih, acusado de mais de 50 estupros praticados contra as próprias pacientes.
Cansados, na rua desde as 5h da manhã, não exitamos em parar numa marginal da rodovia para registrar o incêndio em um carro parado no acostamento.
Alguns motoristas que passavam pelo local já tinham parado para tentar ajudar o dono do carro, um senhor de sessenta e poucos anos. As chamas consumiam o carro quando chegamos no local, junto com as primeiras viaturas dos bombeiros. Para não perder as primeiras imagens eu mesma liguei a câmera e a apontei para o carro enquanto o Araújo estacionava nossa viatura. O competente cinegrafista tomou posse do equipemento e correu para perto do veículo tomado pelas altas labaredas. Ele não podia perder o bombeiro se aproximando com a mangueira para combater o fogo. Enquanto descia do carro, eu já com o microfone ligado na mão, narrava a notícia enquanto trancava as quatro portas do carro da Band. O incênfio foi dominado com rapidez mas o veículo já havia sido completamente derretido. Entrevistamos os bombeiros, o dono do carro emocionado e o inspetor Guidini, da Polícia Rodoviária Federal que, junto com o agente Manoel, com muita competência, garantia a segurança no local. A reportagem já estava completa quando o cinegrafista sugeriu que eu fizesse uma passagem (momento da reportagem em que o repórter aparece dando informações diante da câmera). Eu disse que não precisava mas, não se sabe por quê, o Araújo insistiu e me convenceu.
Me posicionei na linha do acostamento e comecei a explicar de onde vinha o motorista quando o carro começou a apresentar problemas mecânicos e elétricos. O cinegrafista partiu de uma placa que indicava a quilometragem da rodovia, passou por mim e me acompanhou até que eu conduzi a câmera para o fundo da rodovia. Quando apontei minha mão para o carro queimado ele me tirou do enquadramento para mostrar o estado em que ficou o veículo. A passagem já estava chegando ao fim quando, sem saber por quê, o agente Manoel, da PRF, num gesto simples com a mão, pediu gentilmente que eu entrasse um pouco mais no acostamento.
Eu já estava no fim da gravação e poderia ter ignorado aquele sinal ou pedido a ele que esperasse uns segundos como, confesso, já fiz outras vezes. No entanto, também não sei o porquê, resolvi atender. Dei meio passo, literalmente meio passo para frente, ainda narrando respondi com sinal de positivo, e segui o texto por mais cinco segundos, caminhando de costas para o fluxo da rodovia, meio passo para dentro da linha do acostamento.
No instante em que pronunciei as últimas palavras do texto ("alastraram com rapidez"), mais uma vez sem saber porquê, voltei meus olhos para a rodovia e vi uma scânia, enorme, desgovernada, vindo em nossa direção. Foi muito rápido. Olhei, vi a carreta entrando no acostamento e atingindo com violência toda a lateral do carro queimado, da traseira para a frente, onde eu estava. O estrondo horroroso ainda ecoa nos meus ouvidos. Cheguei a ver o retrovisor do carro, do lado do motorista, sendo arrancado pela carreta que rasgava a lataria do veículo. Nesse instante dei um salto para frente, num gesto involuntário e instintivo cobri a cabeça com as mãos (como se fosse adiantar para proteger), pensei na minha mãe e esperei a morte. Cheguei a sentir meu corpo ser arremessado. A carreta em alta velocidade passou a um palmo, no máximo, de distância das minhas costas e cabeça. Ao raspar na lateral dianteira, a carreta ainda arrancou a alma de ferro do parachoque do carro e arremessou a peça contra minhas duas pernas e um das pernas do cinegrafista. Os hematomas e arranhões provocados pelo impacto do ferro foram os únicos ferimentos provocados nesse acidente que poderia ter sido uma grande tragédia. O Araújo, que ainda mantinha a câmera ligada, apoiada no ombro direito, estava com a visão coberta, nem chegou a ver o que acontecia. Assustado com tamanho estrondo, também pulou para o lado esquerdo escapando da morte.
A carreta ainda desgovernada, seguiu invadindo ainda mais o acostamento, derrubando parte da carga de vidro na pista e atingindo uma viatura da Record, de uma equipe local de Taubaté. O carro dessa outra emissora foi empurrado para fora do asfalto. Por sorte a equipe não estava lá dentro.
Foram frações de segundo, cheguei a pensar que havia morrido. Ainda abalados seguimos no ofício, tentamos falar com o irresponsável motorista que negou estar em alta velocidade, no entando o tacógrafo, equipamento que registra a velocidade, estava vencido, segundo informou o inspetor Guidini.
Ainda é difícil evitar o pensamento sobre aqueles segundos, o susto e o meio passo que fiquei da morte.
O salto que dei para frente, uma pequena fração de segundo antes do impacto, talvez não teria sido suficiente para me tirar do trageto do caminhão desgovernado se não fosse o anjo que soprou no ouvido do policial rodoviário federal, o agente Manoel, para me tirar da linha da morte. Muitas vezes repórter e cinegrafista combinam voltar a enquadrar o repórter no final do texto da passagem. Se tivéssemos feito isso, o final dessa história seria tragicamente diferente. Eu não teria voltado meus olhos para a rodovia, mas sim teria ficado novamente de costas para o fluxo e não teria tido a chance de ver o veículo desgovernado, em velocidade excessiva, vindo em minha direção... e esta página estaria em branco. Pensar no que poderia ter acontecido é inevitável e doloroso. Mas, graças a Deus, eu e o amigo Araújo temos uma história de sorte, proteção e fé para contar aos amigos e à família.

Obrigada a todos que mandaram energias positivas, mostraram preocupação e torceram para que estivéssemos bem depois daquela imagem forte assistida por tanta gente. MUITO OBRIGADA ESPECIAL A DEUS, AO MEU ANJO DA GUARDA, E AO AGENTE MANOEL DA PRF.

http://maisband.band.com.br/v_33177_caminhao_bate_em_carro_e_quase_atinge_equipe_de_reportagem.htm

domingo, 23 de agosto de 2009

Denuncie: 0800 771 3541

Nunca imaginei que pudesse me ver livre da imposição do cigarro alheio. Sempre me revoltou o fato de ser proibido fumar em ambientes fechados (já era antes da lei 13.541 de 7 de agosto de 2009) e, mesmo assim, fumantes ostentarem livremente cigarros acesos e distribuírem baforadas para todos os lados, em total desrespeito aos pulmões daqueles que optaram pela saudável vida sem o cigarro.
Até queimada por um fumante folgado, que gesticulava exagerado com o bastão de nicotína aceso, eu já fui.
Eu, como não fumante e alérgica ao cigarro, confesso que muitas, muitas, muitas vezes deixei de sair de casa para evitar ser bombardeada por essa fumaça fedorenta. Evitei muitos bares, restaurantes e baladas por não haver ventilação e ter, do início ao final da noite, a fumaça do cigarro agredindo meus olhos, olfato, boca, pulmões e roupas (até as roupas íntimas ficam impregnadas por esse mau cheiro que muitas pessoas engolem por vontade própria). Quantas vezes eu e meu noivo (também não fumante, é claro) recusamos convites de amigos para baladas pelo simples fato de não suportar mais engolir fumaça em casas noturnas fechadas, lotadas de fumantes.

No jornal "São Paulo Acontece", e nos programas "Dia a Dia" e "Boa Tarde", da Band, fiz várias entradas ao vivo informativas sobre as regras e fiscalização da lei antifumo, junto com a dirigente Cristina Megid, da Vigilância Sanitária.

Na última sexta-feira, junto com um casal de amigos, fomos a um bar na zona oeste de São Paulo, Arquearia Willie Willy. Nem me lembrava, nesse momento, da ''Santa Lei Antifumo''. Bastou entrar no estabelecimento para perceber, pela primeira vez, na prática, a importância e os benefícios dessa nova determinação. Um ambiente limpo, sem odor, que permitia aos olhos enxergar do outro lado das mesas sem a poluição e o ardor da fumaça do cigarro. Pude saborear as porções de aperitivo e até os drinks sem sentir o gosto amargo do cigarro na boca. E o que parecia improvável: saí de lá com o mesmo cheiro do perfume que coloquei em meu corpo antes de sair de casa. Ao abraçar meu noivo pude sentir o cheiro delicioso do perfume dele, sem interferência do monóxido de carbono.
Se a lei causa polêmica e comerciantes temem perder clientes por conta da proibição ao cigarro em locais de uso coletivo, públicos ou privados, total ou parcialmente fechados, é bem verdade que esses mesmos estabelecimentos, caso respeitem a determinação, vão ganhar outros tantos clientes não fumantes. E, como trata-se de uma lei, partindo do princípio de que todos devem e terão que respeitar, sob risco de multa, não há porque temer perder o cliente para concorrência, já que lá também é proibido fumar. Basta usar a inteligência e se adaptar, criando 'chiqueirinhos' para o consumo do cigarro fora do estabalecimento. Ah, mas ainda assim, é importante que não haja perto desse 'chiqueirinho' nenhuma porta ou janela aberta de modo a evitar que o investimento seja em vão. Bendita lei antifumo.
Eu sou dedo duro dessa lei: 0800 771 3541 ou pelo http://www.leiantifumo.sp.gov.br//.

Um anjo chamado Isabela

Isabela parece ainda sorrir. O brilho inocente dos olhos reflete vívido a cada piscar de pálpebras quando alguém tenta compreender o inacreditável. Dói o coração a cada soar do nome Isabela. Não é assim que tinha que ser.
A figura de Isabela Nardoni, uma menina doce, de sorriso fácil, gestos carinhosos, criança por si só, inspira alegria, afeto, compaixão. Mas a crueldade a que ela foi submetida ofusca agressivamente a doçura explícita até no nome: Isabela.
Quem, mesmo que por um instante e timidamente, nunca se perguntou como Deus permitiu que essa pequena e inocente criança fosse arrancada assim da família, dos amigos, da sociedade, do seu direito à vida. Por quê teve que ser assim? Teria ela cumprido sua missão na Terra? Mas, se assim fosse, poderia ter sido levada de uma forma menos dolorosa. Por quê tanto sofrimento? Quem teria tamanha raiva por uma criança? Motivo? Será que alguém se atreve a mencionar um motivo para essa barbárie? Não há justificativa, não há respostas aceitáveis aos porquês.
A dor pela morte da menina Nardoni atinge a todos os cidadãos, independente de idade, raça e até índole. É um crime inaceitável até mesmo entre aqueles que perderam a liberdade por cometer crimes. Discutir quem cometeu tal atrocidade e ainda ter que imaginar que aquele que deve proteção tenha sido o autor de tanta maldade são situações que provocam revolta. Uma revolta tamanha que causa a impressão de tornar a dor menor.
Indícios, provas concretas; averiguados, suspeitos, acusados. As investigações prosseguem. As dúvidas parecem diminuir. Os resultados somados à falta de explicações e às contradições do pai, Alexandre Nardoni, e da madrasta Ana Carolina Jatobá, nos conduzem a não duvidar da versão da polícia. Por mais que a ordem natural da vida – pais protegem, filhos são protegidos; pais são enterrados pelos filhos, filhos enterram os pais – nos force a não aceitar, as evidências que apontam para o envolvimento do casal no caso parece ser o único caminho das nossas mentes. Eles, hoje, estão presos, aguardam o julgamento, devem cumprir parte da pena e depois voltam para a rua onde terão uma vida para rir e viver. Já o sorriso da mãe de Isabela, Ana Carolina Oliveira, nunca mais terá a mesma verdade de antes da morte de sua pequena e única bebê. E Isabela?





quarta-feira, 19 de agosto de 2009

País de diferenças!

"Sou pobre, trabalhador, não tenho condição. Ele pagou advogado e foi solto. Se eu possuísse dinheiro ele já tava preso", disse seo João, um pernambucano simples, bastante humilde, pai da jovem grávida queimada viva pelo ex-namorado. É a indignação sobressaindo à dor de quem perdeu a filha e a neta - já perfeitamente formada no ventre da mãe - em um crime cruel, bárbaro e brutal... e ainda impune!