sábado, 8 de agosto de 2009

Vira-lata salva criança de pitbull


Um gesto de carinho e gratidão. A mão pequenina e delicada da criança tenta confortar a cadelinha de estimação da família. Suzy se recupera de uma cirurgia na boca. A operação foi para reparar os graves ferimentos provocados numa briga com uma pitbull.
A Suzi sempre foi uma cachorra brincalhona, agitada. Agora está amuada, triste, não se levanta e nem se alimenta há três dias, desde que ela virou a heroína do bairro. Foi a vira-lata valente quem salvou a pequena Samanta, de apenas 2 anos, da boca de um pitbull. A menina brincava sozinha com um pedaço de pão na mão quando de repente o pitbull do vizinho escapou da casa e ameaçou invadir a residência pela fresta do portão. A cabeça já estava do lado de dentro do portão quando a vira-lata valente, a Suzy, de 9 anos, resolveu interferir.
Suzy só não foi devorada pela pitbull porque os vizinhos interferiram. A família acredita que se Suzi, a cadela heroína, não tivesse entrado na frente da criança, a pitbull teria invadido o quintal e atacado para matar. Não seria a primeira vez.
Quando a menina tinha um ano, a pitbull chegou a ficar com o corpo quase inteiro do lado de dentro do quintal, apenas as pernas traseiras ficaram para fora, presas na grade do portão. Foi a sorte da garotinha que brincava na frente de casa.
A família pediu ajuda ao dono do animal para bancar os remédios e tratamento da vira-lata mas não conseguiu.
Da laje da casa o latido assusta. Lá em cima uma pitbull brinca, abana o rabo, não abre a boca nem para latir. Comportamento raro segundo os vizinhos. A pitbull representa o terror para todos os moradores da rua Açucena, no sítio Bom Jesus, em São Bernardo do Campo. Quem passa por aqui caminha sempre com medo. Mas, se esconder atrás do portão não é mais garantia de segurança já que o último ataque foi dentro do quintal de uma casa. Entre os moradores são muitas as histórias de pessoas que foram mordidas ou tiveram que correr para escapar de tentativas de ataque.
A pitbull escapou da casa ao lado. O avô de Samanta é o dono do imóvel, mas o cão é do inquilino que não recebeu a nossa equipe. Para os moradores, a culpa da agressividade da cachorra é do dono. A pitbull vive presa a uma corrente, sozinha na laje da casa. Muitas vezes falta água e comida. Para buscar alimento, freqüentemente, arrebenta a corrente. Muitas vezes encontra o portão aberto.

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