domingo, 23 de agosto de 2009

Denuncie: 0800 771 3541

Nunca imaginei que pudesse me ver livre da imposição do cigarro alheio. Sempre me revoltou o fato de ser proibido fumar em ambientes fechados (já era antes da lei 13.541 de 7 de agosto de 2009) e, mesmo assim, fumantes ostentarem livremente cigarros acesos e distribuírem baforadas para todos os lados, em total desrespeito aos pulmões daqueles que optaram pela saudável vida sem o cigarro.
Até queimada por um fumante folgado, que gesticulava exagerado com o bastão de nicotína aceso, eu já fui.
Eu, como não fumante e alérgica ao cigarro, confesso que muitas, muitas, muitas vezes deixei de sair de casa para evitar ser bombardeada por essa fumaça fedorenta. Evitei muitos bares, restaurantes e baladas por não haver ventilação e ter, do início ao final da noite, a fumaça do cigarro agredindo meus olhos, olfato, boca, pulmões e roupas (até as roupas íntimas ficam impregnadas por esse mau cheiro que muitas pessoas engolem por vontade própria). Quantas vezes eu e meu noivo (também não fumante, é claro) recusamos convites de amigos para baladas pelo simples fato de não suportar mais engolir fumaça em casas noturnas fechadas, lotadas de fumantes.

No jornal "São Paulo Acontece", e nos programas "Dia a Dia" e "Boa Tarde", da Band, fiz várias entradas ao vivo informativas sobre as regras e fiscalização da lei antifumo, junto com a dirigente Cristina Megid, da Vigilância Sanitária.

Na última sexta-feira, junto com um casal de amigos, fomos a um bar na zona oeste de São Paulo, Arquearia Willie Willy. Nem me lembrava, nesse momento, da ''Santa Lei Antifumo''. Bastou entrar no estabelecimento para perceber, pela primeira vez, na prática, a importância e os benefícios dessa nova determinação. Um ambiente limpo, sem odor, que permitia aos olhos enxergar do outro lado das mesas sem a poluição e o ardor da fumaça do cigarro. Pude saborear as porções de aperitivo e até os drinks sem sentir o gosto amargo do cigarro na boca. E o que parecia improvável: saí de lá com o mesmo cheiro do perfume que coloquei em meu corpo antes de sair de casa. Ao abraçar meu noivo pude sentir o cheiro delicioso do perfume dele, sem interferência do monóxido de carbono.
Se a lei causa polêmica e comerciantes temem perder clientes por conta da proibição ao cigarro em locais de uso coletivo, públicos ou privados, total ou parcialmente fechados, é bem verdade que esses mesmos estabelecimentos, caso respeitem a determinação, vão ganhar outros tantos clientes não fumantes. E, como trata-se de uma lei, partindo do princípio de que todos devem e terão que respeitar, sob risco de multa, não há porque temer perder o cliente para concorrência, já que lá também é proibido fumar. Basta usar a inteligência e se adaptar, criando 'chiqueirinhos' para o consumo do cigarro fora do estabalecimento. Ah, mas ainda assim, é importante que não haja perto desse 'chiqueirinho' nenhuma porta ou janela aberta de modo a evitar que o investimento seja em vão. Bendita lei antifumo.
Eu sou dedo duro dessa lei: 0800 771 3541 ou pelo http://www.leiantifumo.sp.gov.br//.

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